sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Casos ainda não solucionados - Planos e acertos. - T03 - 04

Um dia depois, todos eles se juntavam na sala e conversavam sobre, além de Marly, quem estaria por trás disso tudo e comentaram também sobre a prancheta perdida.
Marlene: Sim, sim. A Marly é casada e vive com a mãe.Mas teremos que bolar outra estratégia, já que perdemos a prancheta.
Flora: Será que a família dela não tá por trás?
Mário: Só sei que aquela mulher já deu em cima de mim, por isso não apareço mais na loja. Não suporto gente casada fazendo isso.
Márcio: Ela é bem atirada mesmo.
Nelly: Que tal e o Marlon fingirmos que trabalhamos lá, por alguns meses, para ver se as economias da loja vão continuar sumindo? E também temos que ver como ela age e o que ela faz, para podermos dar o bote na hora certa!
Marlene: Eu topo! Quero ver como ela reagirá.

2 semanas depois. 
Nelly: Marlon, eu tô grávida de você. - Seu tom de voz era alegre, mas ela tinha receio da reação de Marlon.
Marlon: Nelly... - E um sorriso começava a surgir em seu rosto.

Então ele o abraçava apertado, não se continha de tanta felicidade.
Marlon: Muito.. Muito obrigado por me dar essa oportunidade de ser pai! Eu.. Eu sempre quis isso! - E seu tom de voz era alegre, assim como o dela.
Nelly: Eu sempre quis ter outro filho também. Obrigada por me dar essa oportunidade. - E retribuía o abraço.

 5 meses depois. 
 Então eles ficaram exatos cinco meses ajudando a mãe de Marlon na loja e prestando atenção em cada atitude de Marly. Nesses 5 meses, Marlon havia ficado mais alegre e sorrisos eram ainda mais frequentes em seu rosto. Com Nelly não era nada diferente, e juntos eles planejavam o nome da futura garotinha, o quarto e tudo.

 Marly: Oi Marlon. Você vai trabalhar mais aqui?
Marlon: Sim. Por?
Marly: Por nada não. É que você é simpático e tudo.
Marlon: Obrigado. Mas eu sou casado. - Dizia com um certo orgulho.
Marly: Pena, chamaria você pra sair. Seu irmão recusou.
Marlon: Você é casada também, Marly, deveria honrar seu casamento.
Marly: Não honro nada. Só uma tradição familiar.
Marlon então fazia um sinal para Nelly se aproximar, afinal, Marly estava começando a se abrir mais, e soltar algumas "pistas".

 Nelly: Oi Marly! Está com algum problema? Agora eu que cuido da direção da loja, fique a vontade para tirar suas dúvidas.
Marly: Nada não. - E fechou a cara.
Marlon: Ela disse que honrava uma tradição familiar. Por isso te chamei, esposa. - Disse orgulhosamente, e meio que "esfregava" na cara de Marly, isso.
Nelly: É? Nos conte sobre isso.
Marly: Não posso.
Nelly: Que pena, uma hora ou outra você terá que dizer, seu emprego tá em jogo. - Tentava persuadir.
Marly: Tanto faz, até mais. - E se dirigia para o caixa, ficando no lugar de Nelly.


Marlon: Como anda nossa garotinha? - Perguntava todo alegre, e um pouco preocupado com a saúde de Nelly.
Nelly: Chutando muito, mas saudável, Marlon. - Seu tom de voz era alegre, e um sorriso também se mantinha em seu rosto.
Marlon: Ah, que ótimo. Só acho que você não deveria se esforçar tanto.
Nelly: Gravidez é saúde, bobo. Eu tô bem.
Marlon: Assim espero!

Certa noite, chegando na loja, eles perceber Marly levando algumas caixas com coisas novas para outro caminhão que nem fazia parte da empresa que Marlene contratava, e com esta surpresa, decidiram interroga-la.
Marly: EU TAVA COLOCANDO EM OUTRO DEPÓSITO, JÁ DISSE! - Já estava fora de controle, e só sabia gritar.
Marlon: Vai com calma. Temos depósito aqui, e você sabe que qualquer atitude, você deve perguntar para Nelly ou pra Marlene, por quê você levou as coisas para outro caminhão?
Marly: POR QUE EU QUIS!
Marlene: E como você explica a nossa renda empresarial subindo, depois que a Nelly começou a tomar conta do dinheiro?
Marly: Eu não sei! - Negava tudo, com convicção.
Nelly: Se você não sabe, por que o dinheiro sumia justamente na sua mão?
Marly: EU NÃO SEI!


Patrick estava escondido, e filmava e gravava tudo que podia, inclusive os surtos de Marly.



Marlene: Se você continuar não sabendo, vou ligar para a polícia, temos provas contra você!
Marly: Tudo bem. Mas meu marido irá caçar a família de vocês três, e fazer o que aconteceu aqui no passado!
Nelly: Que ótimo, então você sabe o que aconteceu! - Começava a persuadir. - Se você que poupar uns dias atrás da grade, começa falando o que aconteceu naquele dia e a localização da loja da sua mãe!
Marly: Merda! - e franzia as sobrancelhas.
Marlon: Te daremos 2 minutos, se nesses 2 minutos você não abrir a boca para falar sobre aquele dia, "Alô polícia." para você.
Marly: Ok. Minha mãe tinha inveja da sua loja, então ela botou fogo e roubou todos seus brinquedos, só que ela esqueceu a maldita prancheta com os endereços na loja de vocês. Eu era pequena nessa época, mas é tradição, e eu cresci com essa vontade de acabar com qualquer loja que fizesse mais sucesso que a de minha mãe.
Nelly: Ótimo, obrigada por confessar. Mais uma prova contra você.
Marly: Saco! Chamem quantas polícias quiserem, tenho meus contatos, é uma ameaça. - Dizia com raiva.

Marlene ia para o telefone principal, ligar para a polícia, enquanto Marlon e Nelly tomavam conta de Marly.

Num momento de desespero, Marly levantou e correu para a porta, mas não deu certo e nem tempo, Marlon e Nelly já estavam lado a lado com ela.

Marly: Merda! Vocês correm rápido demais! - Resmungou, morrendo de raiva.
Nelly: Vai tentar fugir mesmo, ou teremos que imobilizar você? - Ameaçou.
Marlon: Anos de prática. - Disse sério.

Marlon: Senta aí e espera a polícia chegar. - Seu tom continuava sério.
Marly: Claro, seus detetives de merda, me prendam, mas vai faltar mais dois pra listinha de vocês.
Nelly: Não temos medo, e vamos procura-los. - Também dizia séria.

Marlene: Boa noite policial, a bandida está lá dentro.
Policial: Ótimo. Boa noite, dona Marlene.

Então o policial entrava, cumprimentava Nelly e Marlon, e já ia interrogar também Marly.

Então Patrick chegava também com as gravações. O policial algemava Marly, e assim começava sua parte do trabalho. Nelly olhava de longe, e Marlene se aproximava dela.

Marlene: Nelly, obrigada por aumentar minha família. - E brincava com a barriga de Nelly.
Nelly: Como assim, Marlene? Somos uma família... é normal, né... - Dizia um pouco se entender.
Marlene: Querida, eu sei de tudo. Meu filho não se apaixonava fazia tempo. E eu sei que vocês nem casados são.
Nelly: Oi, me explica tudo? - Continuava bem confusa.
Marlene: Começando pelo meu filho.

Marlene: Bem, o Marlon sempre foi difícil de se apaixonar por alguém, diferente do irmão, que qualquer rabo de saia já estava atrás. Ele estava trabalhando num caso, atrás de uma suspeita, era para um povo bem rico, e parecia que a moça tinha pego uma quantia grande de dinheiro deles, e Marlon foi lá fazer seu trabalho. E foi amor a primeira vista.

Marlene: Foi amor a primeira vista, tanto pra ela quanto para ele. Eles estavam apaixonados. E a balada se tornou o ponto de encontro dos dois.

Marlene: Ele tinha até esquecido que estava atrás dela como suspeita. E ela já tinha ido jantar em casa algumas vezes, até o estranhei.

Marlene: Eles até noivaram, estavam planejando casar na balada também, e a presença dela em casa se tornava frequente.

Marlene: Até que chegou o dia do casamento, e ela recusou. Disse que sabia tudo sobre quem ele era e o que ele fazia, e disse que a praia dela não era casar e nem nada disso.

Marlene: Isso o deixou abalado. Então, ele nunca mais se interessou em se relacionar, e seu foco era apenas o trabalho, dizia que talvez ele não fosse para casar e muito menos para ter relacionamentos, por causa de seu estilo de vida.

Nelly: Poxa, coitado do Marlon. Eu não sabia que tinha acontecido isso. - Dizia um pouco surpresa.
Marlene: Eu agradeço, aquela moça era o problema em forma de mulher, e você, você é diferente.
Nelly: Sério? - Disse alegre.
Marlene: Sim, eu armei para saírem juntos. Tá na cara dos dois que vocês se amam.
Nelly: Marlene... - Disse um pouco tímida.
Marlene: Não negue seus sentimentos. Vocês dois são lindos juntos, só não sabia que iria acabar em bebê. - Brincou.
Nelly deu uma risada e disse: Nem eu, mas me deixa feliz, isso tudo.
Marlene: A mim também. E eu conheço sua mãe, a Noelly né?
Nelly: Ela mesma. Como você a conhece?
Marlene: Seu vestido e seu nome entregaram tudo, querida.

 Marlene: Eu, Noelly e Sheila e nossos respectivos maridos, fazíamos parte de um clube, lá na época. Nós 6, mais sua irmã e o Jonathan, filho da Sheila e do Jeremias, eu já estava grávida de 5 meses, do meus gêmeos, e Noelly tava grávida de 1 de você, e Sheila também estava de 1 de Jerry.
Nelly: Então você conhecia a Sheila? Eu só ouvi falar dela.
Marlene: Ela era boa demais. Mas acabou morrendo no parto, e Jeremias foi morar de favor na casa dos seus pais.

Marlene: E ela entrou exatamente com o mesmo vestido que você saiu com meu filho. Ela estava bem barriguda na sua gravidez, no casamento dela. Ela e Nataniel não eram casados no papel, só se ajuntaram por causa da Vilma, mas transbordava muito amor deles, então eles decidiram transformar todo esse amor num casamento.

Marlene: Ela e seu pai estavam lindos, eles transbordavam todo esse sentimento que era amor. Eu e meu velho aprendemos muito com eles. E você é a cara dela! E o mais engraçado disso tudo, é que parece que eu estou revivendo um parte do meu passado, com você e o Marlon, a relação de vocês lembra muito a dos dois, sem dizer na aparência.
Nelly: Que engraçado, Marlene. Mas fico feliz que eles se amavam.
Marlene: E bota amor nisso.

Marlene: O casamento foi lindo, sua mãe estava maravilhosa, nunca esquecerei deste dia.
Nelly: Eu fico aqui pensando, agora. Jamais pensei que vocês se conheceriam.
Marlene: Cidade Velha, né. Lá é pequeno, todos são amigos de todos.

Marlene: O que mais uniu a amizade de nós três, foi as nossas gravidezes não planejadas e quase ao mesmo tempo. Brincávamos muito que nossos filhos iriam se casar, principalmente se viessem gêmeas, por parte da Noelly. E não é que aconteceu? - E deu uma risada. - Você casou com o Jerry, e no fim, acabou com meu filho.
Nelly: É verdade. Mas ultimamente ando mais feliz junto com o Marlon, do que jamais fui com Jerry.
Marlene: Eu imagino. Jerry puxou ao avó, impossível, já Jonathan, teve Flora com a Vilma, e eles se amavam muito.
Nelly: Sim, desejei tanto uma relação como de minha irmã, que tive sorte! - E riu.
Marlene: Tá vendo só? As coisas podem até demorar para acontecer, mas quando acontecem, são boas.
Nelly: Muito boas, meu filho ganhou uma avó, ele era muito novo quando minha mãe morreu.
Marlene: Eu me orgulho de ser avó de um menino tão lindo e inteligente como o Thomas.
Marlene: E para acrescentar, quando ainda estávamos todas gravidas, dividimos uma mesma casa, e isso deixou nós bem unidos. As coisas só começaram à desandar na morte de Sheila e eu perdi contato com sua mãe quando ela veio para Riverside.
Nelly: Que pena, vocês pareciam tão felizes.
Marlene: Mas tudo muda para melhor. Olha para vocês, olha o quanto vocês são reconhecidos pelo trabalho de vocês, inclusive o amor de vocês.
Nelly: Isso eu não posso negar.

Nelly: Muito obrigada por ter me contado tudo isso, Marlene. Você não sabe o quanto essas coisas significam para mim.
Marlene: É meu dever, não poderia fazer você e meu filho de bobo, e deixar ele pensar que ele estava me fazendo de boba.
Nelly: Então você já se conformou com o que o Mário fez?
Marlene: Pouco me importo, ele é mais velho agora, ele faz o que ele quiser. Avisar eu já avisei, mas não adianta. Só peço todos os dias pro Marlon honrar e amar a mulher que está do lado dele.
Nelly: E eu farei o mesmo por ele. Tantos anos juntos, não tem mais o que esconder. - Acaba desabafando e sendo sincera com Marlene.
Marlene: Bom saber disso, querida. Fico feliz que minha intervenção deu sucesso.
Nelly: Agradeço demais, se não nós estaríamos num "rola enrola" para sempre! - E riu.
Marlene riu junto.

Depois desta longa conversa, a polícia tinha pego as provas e levou Marly para a cadeia. E então, Marlon foi conversar um pouco com Nelly, enquanto Marlene batia um papo com Patrick.

Marlon: Como está a nossa menininha? - Desde já, ele se mostrava um pai preocupado.
Nelly: Ela vai bem, hoje está mais calminha.
Marlon: Que ótimo, não vejo a hora de ver o rostinho dela! - Dizia ansioso.
Nelly: Nem eu, nem eu... Faltam só mais 4 meses! - Falou ansiosa, também.


Nelly ligava para o táxi, afinal já era tarde, e o trabalho deles havia terminado, pelo menos por hoje.


E Marly ia presa.



CONTINUA.


10 comentários:

  1. Casar na balada? Que loucura!


    E todo mundo já fazia parte da mesma história e nem sabiam. Que lindo!



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    1. Marlon é um romântico doido das ideias! Uahauahauaha
      E vc viu? Se conheciam e nem sabiam :D

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  2. Adorei o plano de Marlene para deixar os dois juntos!!! Ela é muito espertinha!!! E que maravilha que o caso foi solucionado! Essa Marly é uma safada mesmo! Fiquei indignada com ela dando em cima de Marlon! E estou louca para ver a nova bebê da família deles!!! :D <3 Qual será o nome dela? Parabéns pelo capítulo! Beijocas, Deni!!! :D S2

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    1. Falta uns pingos nos "ís" ainda!!!! Vem mais babado por aí :X
      Marly não presta nem um pouco! Deu em cima até do Mário!
      O nome será revelado nos próximos capítulos! :D
      Obrigadaaaaa! ❤💓 E obrigada por acompanhar minha história <3

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    2. O nome será com M: herança de família!

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    3. Será que Nelly vai gostar?! Uahauauahaua

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  3. Caramba, que legal as famílias se conhecerem de longa data!
    Ainda bem que Marly confessou logo e já foi logo pro xadrez. Tomara que fique lá por um bom tempo. =D

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    1. Também espero! :D <3
      E vc viu só?! E eles mal sabiam uhauuHauhauaha

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  4. Que pilantra essa Marly, ainda bem que pegaram ela, demorou hein? Mas pegaram.
    Amando o jeito carinhoso de Marlon com Nelly. Parabéns!

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    1. Realmente! Sorte que finalmente a prenderam! \o/
      E eles são uns amorzinhos! ❤
      Obrigada Paty, fico feliz que gostou! :) ❤

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