No dia seguinte, a noite, o grupo se reunia para encontrar Johnny e Daniel no estúdio dos mesmos. Ambos estavam ansiosos com a presença das garotas, já que Caio tinha falado bastante sobre elas e o quanto a livraria delas tinha bastante clientes.
Ao se aproximarem, Dione já foi logo falando com Daniel e Caio com Johnny. Dione acenou para Johnny e deu uma piscadela, que foi muito bem recebida pelo mesmo, devolvendo-a. Caio puxou Johnny pelo ombro, para conversarem. Já Daniel deu uma risadinha e começou a falar com Dione.
Danilo, Rosalia e Gabriela os esperavam.
- Então, Daniel. Aqui é bem bonito! Tô curiosa pra saber que tipo de música vocês tocam! - Dione disse alegremente, olhando para Daniel. O mesmo sorriu. - Quero manter surpresa! - Ele riu um pouco, ainda a olhando-a. - Mas aposto que vocês vão gostar!
O papo entre os dois continuava. O trio falou entre si algumas vezes e Caio e Daniel ficaram relembrando os tempos antigos de adolescência com a banda. Caio também comentou que hoje iria se juntar ao rapazes e cantar um pouco.
O trio pediu para que os quatro se sentarem nas cadeiras de gravações e colocassem fones, para conseguirem ouvir a gravação. Todos estavam animados.
Daniel, Johnny e Caio entraram no estúdio, Caio comentou com os rapazes qual música cantaria hoje e foi como um estalo para os mesmos, eles lembravam da música e sabiam exatamente o que Caio queria.
Tudo começou com a bateria e a baixo, iniciando a música, logo em seguida, Caio começou a cantar a letra do cover.
Os dois estavam animados e sentindo a música dentro de sí, só esperando o momento de Caio começar a cantar.
♪~Blue sky to forever
The green grass blows in the wind, dancing
It would be a much better sight with you, with me
If you hadn't met me, I'd be fine on my own, baby
Never felt so lonely, then you came along ~ ♫
Ele cantava com todo seu coração, completamente envolvido na música.
Rosalia ouvia os rapazes tocarem, curtindo muito o som, balançou a cabeça algumas vezes no som da música e então virou seu rosto para Rosalia, percebendo que ela estava curtindo também e comentou:
-Quem diria, Gabi… Ele canta bem mesmo! - Disse impressionada e deu uma breve risada.
- Pois é, garota! Você viu?! - Gabriela comentou, se virando para a amiga.
♪~ So now what should I do,
I'm strung out, addicted to you
My body aches, now that you're gone
My supply fell trough ~ ♫
Dione estava igualmente impressionada, porém um pouco brava com a música que Caio escolheu para cantar. Danilo olhou para Dione concordou com a cabeça, segurando as vezes o headphone para não cair de sua cabeça. Ele balançava a cabeça no ritmo, também.
- Por que logo essa música?! - Ela resmungou baixinho para sí, mas sem tirar os olhos do trio. Segurou o fone contra sua orelha.
♪~ Gladly gave me everything you had and more
You craved my happiness
When you made me feel joy it made you smile
But now I feel your stress
Love was never meant to be such a crazy afair, no
And who has time for tears
Never thought I'd sit around and cry for your love
'Till now
~ ♫
O trio continuou com sua empolgação e emoção a música, cantando e tocando. Eles tocaram até o fim. Caio finalizou a música animado, até levantando a mão. Assim que eles soltaram os instrumentos, sorriram, realizados. Era como se a juventude tivesse voltado naquele instante.
Depois todos se ajeitaram e foram para a cozinha. Gabriela se voluntariou a cozinhar, já que era a melhor cozinheira dentre as três. Daniel, Rosalia e Danilo se sentaram as cadeiras e ficaram batendo um papo para se conhecerem mais. Gabriela às vezes falava alguma coisa ou outra, mas sempre focada no que estava cozinhando.
Já Dione, que foi a escolhida por Caio para resolver sobre a banda, foram ao escritório do estúdio. Os dois ouviam atentamente o que Johnny tinha a dizer.
- Então, a gente é uma banda indie mesmo… - Johnny comentou, meio esperançoso mas ao mesmo desânimado. - Será que vai dar certo deixar nossos CDs lá na Livraria, Dione? Não vai atrapalhar vocês?
Dione negou com a cabeça várias vezes e olhou para Johnny - De jeito nenhum, Johnny! Vocês são incríveis, e você também, Caio! - Ela apontou para o mesmo. - Você deveria voltar na banda!
Johnny riu brevemente, porém concordou. - Pois é, pois é. Ele faz falta na banda! - E voltou a olhar Dione.
A moça se focou novamente, o respondendo.
Ela apoiou as mãos atrás da cabeça, o olhando. - Olha, Johnny. Relaxa, fica tranquilo. Assim que vocês lançarem os CDs, vou colocar na primeira prateleira da livraria… Falando nisso, vou mudar até as prateleiras de CDs só por causa de vocês! - E deu uma piscadela para o mesmo.
Johnny sorriu sem jeito, vendo o apoio dela para o crescimento da banda e sorriu. - Muito obrigado, Dione, você não tem noção do quanto isso é importante pra banda… Ouviu, Caio?!
Caio riu e sorriu os olhando-o. - É serio que vocês me querem tanto mesmo na banda?!
- Sim! - Dione e Johnny diziam em uníssono.
- Tudo bem… Posso pensar no caso. - Ele deu um breve sorriso, esperançoso… Mas seu ciúmes, só de pensar que Dione estaria com ele e os garotos continuou.
A comida está pronta e servida. Gabriela, impaciente que o trio não vinha, apenas gritou: EI, VOCÊS! A COMIDA TÁ PRONTA! VEM COMER! - Gabi até fez conchinha com as mãos para o som sair mais alto.
Caio olhou para Dione e Johnny, que também se olharam entre sí. O rapaz se fervia de ciúmes, mas apenas se levantou e disse:
- Vejo vocês na cozinha. - Encarou Dione. - Pode ficar com seu prêmio ai. Eu prometi. - E saiu andando, deixando os dois sozinhos.
Dione deu um breve sorriso olhando para Johnny, que mordeu até seu lábio inferior, olhando para a moça. Os dois acenaram para Caio, que saia às pressas da sala, não querendo ter nenhum surto de ciúmes lá dentro.
Johnny deu um sorriso sem graça e acompanhou o amigo saindo da sala e voltou a olhar Dione assim que ele fechou a porta. - Eu juro que não entendo ele… Me desculpa, Dione. - E ergueu as palmas da mão, dando de ombros.
Dione riu e deu de ombros também. - Você não tem que me desculpar nada! Eu não namoro ele, deixei bem claro… Ele só está assim porque quer!
Caio se sentou com raiva na cadeira, a puxando com força para perto da mesa, fazendo até um certo barulho contra o piso. Os quatro sentados lá os olharam. Rosalia comentou:
- Já tá nervosinho por causa da Dione, cara? A gente ficou esperando vocês pra começarmos a comer.
- Não enche meu saco, Rosalia. - Ele disse bravo, segurando seu garfo e praticamente dando uma garfada no macarrão.
- Qualé, cara, abaixa a bola, estamos aqui pra nos divertir. - Daniel disse, dando uns tapinhas gentis nas costas do amigo.
Os cinco esperavam por Dione e Johnny, que demoravam no escritório.
- Agora, chega disso. - Dione disse. - Você sabe que tipo de comida eu quero. - Ela se levantou da cadeira, se aproximando mais da mesa de Johnny.
O rapaz também se levantou e deu um sorriso safado para ela.
- É eu sei bem. Já tive o test drive lá na sua casa. - E deu um sorriso de canto logo em seguida, só acompanhando com seu olhar o que ela fazia.
Dione se aproximou dele, o agarrando e dando um beijo. Johnny nem sequer reagia, adorando tudo aquilo.
- Bem que a gente poderia se pegar lá no meu trailer…. Ninguém vai ouvir nós dois. - Ele disse entre os beijos.
- Pois vamos lá agora! - Dione comentou, parando de beija-lo quase que imediatamente.
Os dois saíram do escritório, apenas acenando para o pessoal da mesa.
- Ei, Dione! Vem comer com a gente, o macarrão da Gabi é perfeito! - Ele disse, assim que a notou passando.
- Eu e o Johnny vamos comer lá no trailer! - Ela disse toda sorridente, piscando para ele. Daniel riu daquilo.
Rosalia fez uma careta como se dissesse: “É a Dione com que eu conheço.” Caio fechou a cara e ignorou os dois.
Johnny e Dione não se continham, saíram se beijando o caminho todo até chegarem no trailer da banda.
Então, os quatro que faltavam comer também começaram, um olhando para a cara do outro e começando a dar risadinhas.
- É sério que ela é sempre assim?! - Daniel comentou, ficando surpreso.
- Uhum! Você não viu nem a metade! - Gabriela disse, rindo sem parar.
- Será que a gente pode comer em paz e sem falar nesses dois, pelo amor do Prisma?! - Caio disse irritado e de saco cheio.
Danilo e Rosalia apenas comem quietos, às vezes trocando olhares e rindo entre sí.
Ao chegarem no trailer, Dione e Johnny já se beijavam sem parar, se encostando na parede, nos móveis e em tudo que pudessem, sem tirar os lábios de perto.
Eles se despiram rapidamente e foram para o sofá da pequena sala que lá tinha. Johnny segurou Dione, a colocando no ombro, como se fosse um saco de batata. Dione deu uns tapinhas no ombro dele e gritou:
- Johnny! Me solta, seu maluco! - Rindo um pouco, mas claramente com muito fogo para ser gasto.
Johnny apenas ria e a jogou no sofá, preparado para atacá-la de novo.
Enquanto isso, as garotas cantam no karaokê que tinha no estúdio. Já Danilo, batia papo com Daniel e Caio, os conhecendo melhor.
[ Música que elas cantam: https://www.youtube.com/watch?v=M-kPWGfF5UU (The sims 2 - Chocolate) ]
Todos se divertiam, principalmente as moças. Danilo, Daniel e Caio se levantaram para aplaudir, dançar… Curtir o momento com elas também. O tempo passou rápido graças a isso.
Tão rápido, que quando notaram já era hora irem embora. Dione agradeceu-os e disse que daria o melhor para ajudar a banda crescer, do jeito que podia.
Caio agradeceu a oportunidade de cantarem juntos de novo e disse que provavelmente se juntaria a banda novamente, só precisaria de um tempo para pensar melhor sobre seu futuro e se realmente voltaria para a ilha.
Rosalia e Gabriela ficaram felizes de conhecê-los melhor e de saber com que estúdio o trio iria trabalhar.
Daniel fez menção a comida deliciosa que Gabriela preparou e então todos se despediram. A banda ficou lá fora, acenando e os vendo ir embora. Estavam felizes, realizados e com muita esperança.
silent hill 2 - promise
Ao chegarem na casa dos sonhos, as garotas notaram o pior… Tinha pegado fogo. Ninguém acreditou. Dione foi a primeira a começar a chorar, não conseguia se conter, era como se fosse um sonho acabado, destruído, demoraram tanto para conseguir a tão esperada casa.
Em seguida, Gabriela e Rosalia choraram, se sentiam num pesadelo, mas sabia que era real, estava sem acreditar.
Todos se entre-olharam, incrédulos, ninguém conseguia falar… era soluço atrás de soluço, lágrima atrás de lágrima, parecia sem fim.
O cheiro da casa chegou aos narizes do mesmo, os deixando mais desesperados.
Ela se entre-olharam mais uma vez. Gabriela limpou suas lágrimas mais uma última vez. Rosalia olhou a casa queimada e tampou o nariz. Já Dione, segurou o choro e disse com uma voz trêmula: - T-Temos que chamar os bombeiros… E os policiais…
As meninas concordaram entre si e continuaram em silêncio, se sentiam num velório.
CONTINUA.
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